Perguntas Frequentes

O que é psicologia?

A Psicologia é um conceito familiar para a generalidade das pessoas mas poucos são aqueles que a sabem definir correctamente.

Tradicionalmente, a Psicologia era definida como o estudo científico da mente e comportamento humanos. No final do século XIX, a principal preocupação da Psicologia passava fundamentalmente pelo estudo da mente e da consciência através da introspecção e da descrição da experiência pessoal.

Já no final do século XX, e após um longo período de luta para a definir apenas em termos científicos e comportamentais, a Psicologia passou a ser reconhecida não só como uma ciência mas também, e fundamentalmente, como uma prática interventiva, reflectindo desta forma, a sua ampla abrangência nos dias de hoje.

Neste sentido, a Psicologia é mais frequentemente definida como "o estudo do comportamento e dos fenómenos mentais subjacentes", ou seja, preocupa-se com o comportamento humano bem como com os processos psicológicos que estão na base da saúde física e psicológica. De uma forma mais abrangente, podemos também dizer que a Psicologia atenta nos diferentes aspectos da experiência humana.

Entretanto, a procura de uma definição ideal continua. Progressivamente, a Psicologia tem vindo, cada vez mais, a ser definida em termos de campos de estudo específicos em vez de como um todo. A Psicologia do Desenvolvimento, a Psicologia Organizacional e a Psicologia Social são alguns dos exemplos mais conhecidos, entre muitos outros.

fonte: psicologia.com.pt
O que é psicoterapia?

A psicoterapia é uma das muitas modalidades de intervenção do psicólogo. Ela tem por objectivo, não só a resolução dos problemas psicológicos apresentados pelo cliente, mas também a promoção do conhecimento que o cliente tem de si próprio e a promoção do seu desenvolvimento.

Existem várias modalidades de psicoterapia, nomeadamente:

  • Terapia Individual
  • Terapia Grupal
  • Terapia Familiar
  • Terapia de Casal (ou Conjugal)

Regra geral, e apesar de todas estas modalidades sempre postas em prática na actualidade e em função das problemáticas apresentadas, pode-se dizer que a Terapia Individual é aquela que evidencia maior protagonismo, uma vez que tem uma herança teórico-técnica que favorece o desenvolvimento deste tipo de modalidade psicoterapêutica.

Com um processo psicoterapêutico pretende-se ajudar o cliente a lidar com as suas dificuldades e problemas, assim como potenciar os seus próprios recursos e promover o desenvolvimento de competências que lhe permitam, no futuro, lidar com problemas semelhantes de formas mais funcionais. Trabalha-se, portanto, ao nível da melhoria da qualidade de vida do indivíduo.

Num processo psicoterapêutico, um psicólogo recorre a diversas estratégias, técnicas e actividades para explorar a situação que é sentida como problemática pelo cliente, a sua história de vida e as suas características psicológicas, de forma a obter uma melhor compreensão do indivíduo e das suas experiências. Essas estratégias, técnicas e actividades servirão também para fomentar a mudança e desenvolvimento psicológicos

Uma condição necessária para o sucesso deste processo é o estabelecimento de uma relação segura, apoiante e empática entre o psicólogo e o cliente. É esta relação que oferece as bases para o estabelecimento da comunicação, a qual será orientada por intermédio de diferentes estratégias e encaminhada em função de determinados objectivos pelo psicólogo.

fonte: psicologia.com.pt
O que faz um psicólogo?

Em termos genéricos, um psicólogo possui uma combinação única de métodos científicos, em conjunto com competências e experiência de trabalho com pessoas que que apresentam problemas na vida real. Os psicólogos estudam a ciência do comportamento humano e aplicam este conhecimento no seu contexto profissional.

Os contextos de trabalho dos psicólogo são bastante diversificados, podendo encontrar-se estes profissionais em escolas, centros de saúde, hospitais, clínicas, empresas, equipas desportivas, autarquias, prisões, centros de atendimento a toxicodependentes, centros de formação, centros sociais, investigação, entre muitos outros.

De uma forma resumida, a sua acção técnica organiza-se em três grandes eixos: a Prevenção, a Promoção e a Remediação.

Como se subentende, a Prevenção tem por objectivo prevenir o desenvolvimento de problemas, enquanto que a Remediação ocorre precisamente após se manifestarem as problemáticas. Por sua vez, a vertente de intervenção de Promoção visa capacitar os indivíduos, casais, famílias, grupos e comunidades de forma a que estes adquiriram competências específicas, lidem melhor com situações de vida e alcancem um maior bem-estar.

Neste sentido, e apesar destes eixos se aplicarem à generalidade das áreas de acção da Psicologia, são apresentados de seguida alguns exemplos de intervenções possíveis:

Exemplos de intervenções de Prevenção:

  • Programas de prevenção de consumo de substâncias
  • Programas para adolescentes de prevenção de comportamentos de risco
  • Actuações ao nível da prevenção, higiene e segurança no trabalho (contextos empresariais)
  • Etc.

Exemplos de intervenções de Promoção do Desenvolvimento:

  • Promoção do desenvolvimento vocacional, ajudando adolescentes, jovens e adultos a formular e reformular projectos de vida
  • Desenvolvimento pessoal e social de alunos em escolas, por intermédio de diferentes actividades e projectos (como por exemplo programas sobre educação sexual ou sobre métodos de estudo)
  • Intervenção comunitária, nomeadamente auxiliando pais a desenvolver competências para melhor lidar com os filhos adolescentes, ou desenvolvendo programas tendo em vista a melhoria da qualidade de vida dos idosos, entre outros
  • Etc.

Exemplos de intervenções de Remediação:

  • Problemas de índole psicológica
  • Perturbações ou condições clínicas
  • Problemas escolares e de aprendizagem
  • Problemas relacionais
  • Perda e luto
  • Problemas sexuais
  • Trauma, violência ou abuso
  • Dependência de substâncias
  • Problemas de saúde física
  • Problemas no trabalho
  • Etc.

No caso específico da área clínica / psicoterapêutica, os psicólogos podem ajudar o indivíduo a identificar os seus problemas e, consequentemente, a encontrar formas de melhor lidar com estes. Poderão auxiliar igualmente na mudança de comportamentos ou hábitos que contribuam para essas problemáticas, bem como a definir e por em prática formas construtivas de lidar com situações que estão fora do controlo do indivíduo.

fonte: psicologia.com.pt
Quando procurar um psicólogo?

Em determinadas alturas da nossa vida, vemo-nos confrontados com problemas ou situações às quais não conseguimos dar uma resposta eficaz e com as quais não conseguimos lidar sozinhos.

Neste sentido, são apresentados de seguida alguns dos exemplos mas comuns nos quais poderá ser benéfico procurar a ajuda especializada de um psicólogo:

Problemas de índole psicológica

De tempos a tempos todos experienciamos algum tipo de dor emocional. Mas por vezes a tensão é suficientemente forte e prolongada para interferir com a nossa capacidade para funcionar no dia-a-dia. No âmbito destes problemas podemos encontrar quadros moderados de ansiedade, humor depressivo, stress, entre outros. Muita da tensão emocional ou problemas relacionais poderão também advir de mecanismos pessoais deficitários, como é o caso de uma excessiva timidez, dificuldades de comunicação ou falta de assertividade, entre outros.

Perturbação ou condição clínica

Muitas vezes as problemáticas são suficientemente intensas para ameaçar o nosso funcionamento global, a nossa saúde física e a própria vida. Neste âmbito podemos encontrar situações clínicas mais severas como são os exemplos das doenças do comportamento alimentar, da depressão, das perturbações da ansiedade, entre muitas outras.

Desenvolvimento e crescimento pessoal

Podemos procurar ajuda na conquista de objectivos pessoais bem como para ultrapassar obstáculos mais difíceis, de forma a conseguirmos tornar-nos na pessoa que queremos ser e a obtermos uma maior satisfação pessoal. Podemos querer vencer a nossa timidez excessiva, as nossas fracas competências de comunicação, a falta de assertividade ou o fraco auto-controlo.

Problemas escolares e de aprendizagem

Regra geral com um fillho nosso, podem surgir dificuldades escolares, seja por exemplo ao nível da aprendizagem, dos métodos de estudo ou do relacionamento com colegas.

Problemas relacionais

Podem ocorrer dificuldades de relação com o cônjuge, filhos, colega de trabalho ou outra pessoa importante na nossa vida. Estes problemas podem interferir significativamente com o nosso dia-a-dia e com os nossos projectos de vida, sendo fundamental identificar a raíz do problema e desenvolver competências para melhorar a relação.

Perda e luto

Seja por motivo de morte ou separação, a perda de alguém importante para nós pode resultar numa elevada dor emocional que afecte a nossa qualidade de vida e o funcionamento da pessoa no dia-a-dia. Muito embora os indivíduos em geral disponham de recursos pessoais para lidar de forma funcional com estes acontecimentos, por vezes revela-se indispensável o apoio de um técnico especializado.

Problemas sexuais

Embora sejam situações sobre os quais é, regra geral, difícil de falar, os problemas como a insatisfação com a nossa vida sexual, a falta de desejo e as disfunções sexuais (disfunção eréctil, vaginismo, etc.) são problemas muito comuns.

Trauma, violência ou abuso

Quando somos vítimas de situações traumáticas, de violência ou de abuso (físico ou psiclógico) podemos desenvolver sentimentos de medo, raiva ou impotência, os quais afectam significativamente a nossa capacidade para lidar com o quotidiano.

Dependência de substâncias

O consumo de drogas e álcool, quando dentro de um quadro de dependência (física e/ou psicológica), acarreta invariavelmente problemas psicológicos, físicos, familiares e sociais extremamente graves, afectando o funcionamento do indivíduo e dos que o rodeiam.

Problemas de saúde física

Algumas doenças ou problemas de saúde física têm fortes implicações a nível emocional e psicológico. Tal é o caso de pessoas a quem foi diagnosticado um cancro ou outras doenças crónicas, pessoas que ficam paralíticas ou que foram sujeitas a intervenções cirúrgicas, etc.

Problemas no trabalho

Quando temos dificuldade em lidar com situações profissionais do dia-a-dia ou com os colegas no trabalho, quando se verifica uma dificuldade em aceder ou manter um posto de trabalho ou quando se fica desempregado, entre outras situações.

Problemas vocacionais ou na carreira profissional

Em algumas etapas normativas da nossa vida (à entrada e saída do ensino secundário e mesmo ao longo da carreira) cabe-nos tomar decisões nos planos académico e profissional para as quais, e por motivos diversos, não estamos preparados. Neste sentido, a orientação vocacional e profissional mostra-se indispensável para proceder à necessária avaliação de opções e projecto de vida e sua reformulação.

Estes são apenas alguns exemplos, podendo a consulta psicológica ser útil em muitas outras situações.

Finalizando, é importante enfatizar que o reconhecimento da necessidade de ajuda profissional é um excelente primeiro passo no sentido da resolução dos problemas. Neste sentido, cabe ao indivíduo dar este primeiro passo.

fonte: psicologia.com.pt
Quais resultados são esperados numa psicoterapia?

Espera-se que, ao final do processo psicoterapêutico, o paciente possa desenvolver o seu próprio projeto de vida, responsabilizando-se por todos seus desdobramentos e alcance a auto-realização. Que ele tenha condições de trilhar seu caminho, superando todos os obstáculos à partir de sua própria perspectiva, sem necessitar de apoio ou ajuda externa para tomar decisões.

Quanto tempo deve durar a psicoterapia?

Não podemos determinar a duração de um processo psicoterapêutico. A demanda de cada paciente é que vai definir quanto tempo é necessário para tratar todas as questões que forem sendo apresentadas. Como trata-se de um processo, é muito dinâmico, e pode variar de acordo com as singularidades de cada caso.

Qual a diferença entre o psicólogo e o psiquiatra?

Evitando definições muito complexas, apresentaremos aqui uma explicação genérica.

A formação de um Psiquiatra desenvolve-se no âmbito da Medicina, isto é, frequentou um curso de Medicina após o qual se especializou em Psiquiatria. Neste sentido, um Psiquiatra é um médico.

De uma forma geral, a Psiquiatria tem por objetivo tratar as doenças mentais que possuem uma causa orgânica (endógenas). Neste sentido, utiliza exclusivamente o modelo médico, tanto no diagnóstico como no tratamento das doenças. Aqui os problemas são vistos como uma doença ou perturbação, no âmbito dos quais o psiquiatra recorre a recursos da medicina (análises, técnicas de radiodiagnóstico, electroencefalogramas, etc.) a fim de estabelecer diagnósticos e levar a cabo o tratamento, este último predominantemente baseado na terapia medicamentosa (psicofármacos). Sendo um médico, o Psiquiatra tem uma formação que lhe permite a prescrição de fármacos.

Existem, contudo, muitos psiquiatras que realizam uma formação complementar (Psicanálise, Psicodrama, Gestalt, Cognitiva, etc.), o que lhes permite desenvolver intervenções psicoterapêuticas.

O Psicólogo não é um médico, mas sim um profissional que finalizou o seu curso superior em Psicologia.

Por receber influências e hibridizações teóricas de diversas áreas (Filosofia, Medicina, Ciências Humanas em geral) a Psicologia possui um espectro de actuação muito mais amplo do que a Psiquiatria (como em empresas, escolas, comunidades, hospitais, etc).

Genericamente, o Psicólogo entende os problemas psicológicos essencialmente como consequências de experiências de vida e experiências relacionais, ligadas à maneira como a pessoa foi desenvolvendo a sua maneira de lidar consigo e com os outros. Assim sendo, o trabalho deste profissional passa pela intervenção psicoterapêutica, pelo aconselhamento psicológico ou outras modalidades que visem a promoção do desenvolvimento do indivíduo, focando-se nos processos mentais, emocionais e fisiológicos que afectam o comportamento e funcionamento humano. De uma forma geral, o Psicólogo estuda e diagnostica os problemas do indivíduo através de entrevistas, questionários e instrumentos de avaliação, sempre no âmbito de uma relação estabelecida entre o profissional e o cliente e dentro de uma moldura psicossocial. De resto, os benefícios da Psicologia e da Psicoterapia emergem da relação terapêutico estabelecida entre o cliente e o terapeuta durante o desenrolar de cada processo.

Uma das principais diferenças entre um Psicólogo e um Psiquiatra consiste no facto do primeiro não poder receitar medicamentos. Isto acontece em virtude de não ter formação médica, mas também porque a sua forma de conceber a intervenção não se prende com este tipo de terapêutica. No entanto, se considerar que a prescrição farmacológica é do melhor interesse do seu cliente, o psicólogo poderá aconselhá-lo a procurar um psiquiatra ou o médico de família para obter o referido apoio medicamentoso.

Assim sendo, os psicólogos optam por uma visão ancorada nos factores vivenciais, desenvolvimentais e relacionais, enquanto os psiquiatras optam por uma visão mais biológica/bioquímica. Como muitas vezes estas duas “componentes” estão profundamente interligadas, é frequente, para muitos dos psicólogos, terem uma relação de trabalho com um determinado médico, com o qual constróem uma colaboração multidisciplinar e de complementaridade.

fonte: psicologia.com.pt
A confidencialidade e a privacidade estão asseguradas?

Confidencialidade e privacidade na psicoterapiaEfectivamente, e regra geral, a confidencialidade é sempre mantida ao nível da intervenção psicológica. Sem o consentimento explícito por parte do cliente, o psicólogo é obrigado a não veicular com ninguém a informação que é partilhada pelo cliente durante as sessões. De resto, confiar em que tudo o que for dito será devidamente contido dentro do espaço de consulta é uma condição essencial ao bom desenvolvimento do processo terapêutico.

Para além da manutenção da absoluta confidencialidade, o psicólogo é responsável por estabelecer um ambiente que assegure a privacidade da melhor forma possível. É importante estar-se ciente do impacto que até a mais pequena e subtil intrusão poderá ter na sensação de privacidade. Encontrar outro cliente na sala de espera, ouvir alguém a falar na sala ao lado durante a sessão, ou presenciar o seu psicólogo a conversar ao telefone com outro cliente são, de facto, situações que poderão suscitar um sentimento de invasão do espaço terapêutico do cliente e que, como resultado, não existe privacidade suficiente para este poder falar livremente. Caso alguma destas situações ocorra, o cliente deverá alertar de imediato o seu psicólogo e esperar que sejam tomadas medidas.

Apesar de, por vezes, os psicólogos fazerem parte de grupos de supervisão e discussão de casos (nos quais estão presente outros profissionais de psicologia), a confidencialidade dos clientes é sempre salvaguardada nestes grupos, não sendo divulgados quaisquer dados passíveis de possibilitar a identificação dos mesmos. Estas reuniões e grupos existem para melhorar a eficiência da actuação do psicólogo e para a discussão científica. O psicólogo pedir-lhe-á autorização para discutir o seu caso com os colegas e explicar-lhe-á em que moldes o seu caso será abordado.

fonte: psicologia.com.pt